quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma

Valongo Shopping

Olá meus caros amigos! Cá estou eu para mais uma crónica de 5ª feira!
Hoje vou falar-vos de mais uma experiência de vida. Uma passeata até ao novo templo do consumismo cá da santa terrinha... Sabem aquelas ideias, que parecendo boas, se transformam num cenário dantesco?Ora bora lá a contar...
Sábado, 6 de Setembro, 18:30h, o frigorifíco vazio... é preciso ir às compras! Local eleito? Shopping Valongo!!! Hum hum...Por onde começar a descricão?? Pelo nome, ora pois!!! Shopping Valongo?? Não havia nome mais original??? Não havendo um "priuzito" para oferecer (o tio Belmiro é pobre, coitado), o povo não pôde opinar (embora o nome do shopping do Sr. IKEA seja medonho), mas enfim, podiam ter seguido as modas e em vez de lhe chamar MAR SHOPPING (como o do Sr IKEA), poderiam sempre chamar MATO SHOPPING ou SHOPPING NO MATO ou ainda SHOPPING NO CU DE JUDAS... que acham?
Primeira impressão: Um mar de carros, estacionamento selvagem. Ao longe poder-se-ia pensar que estavamos para assistir a um qualquer festival de verão, mas na verdade os únicos artistas eram as cigarras que cantavam naquele belo fim de tarde... A medo lá metemos para um dos parques subterrâneos e MILAGRE, não faltavam lugares onde estacionar, e ainda por cima daqueles largos, que foram estudados para as atrasadas mentais das esposas dos não menos atrasados mentais dos engºs e arqºs que desenham os ditos cujos...
Segundo: Mal saí do cimento do piso -1 e calquei o mármore dos corredores, grande escorregadela! Prevejo imensas quedas e respectivos coccix partidos à malta da 3ª idade. Não seria de todo má ideia instalar um pequeno gabinete médico de apoio aos aleijados no último andar...ou então um produto anti-derrapante para o chão, digo eu...
Terceiro: Depois de passar por algumas lojas fantasma (ò tio Belmiro, atão não houve tempo de negociar os alugueres??!!) lá entramos no Continente... A entrada fabulosa, milhares e milhares de artigos e pechibeques luziam e sussurravam: Leva-me, leva-me e o zé povinho ora upa, toca a carregar o carrinho vermelho de plástico (Ò maravilhosa invenção , acabaram-se os choques de inverno..) de coisas que precisa e não precisa lá para casa.
Quarto: (Para o final reservei a cereja no cimo do bolo....) As filas para pagar, meus amigos, eram sem exagero aí de uns 15 metros e a gente a desesperar....até que, uma proposta da gerência que pululava num cartaz, também ele vermelho, por cima das nossas cabeças: Na compra de 125 € de mercadoria e se V. Exa. morar nos 5 kms mais próximos, o pessoal do Continente terá a amabilidade de entregar na sua humilde residência, tudo devidamente empacotado e à hora que lhe for mais conveniente as suas comprinhas!! Que simpáticos pensámos nós, mas, tudo isto depois de pagar a respectiva mercadoria... Ò meus senhores, então depois de um cristão estar uma hora inteira para pagar, vai mesmo estar com cachola para ainda ir ao balcão das informações pedir às dondocas que lá estiverem o formulário para preencher, a fim de beneficiarem de semelhante ideia peregrina??? Nããããõoo, nada disso, toca a carregar os sacos até ao carro que está sossegadinho e aparcado em segurança... Tudo isto para comprovar a idiotice da malta que por lá andava, quando nos deparamos com carros e carros às portas do shopp com os respectivos condutores ou labregos (como preferirem) a travar as saídas dos parques e as mulas (ou esposas) a carregar as bagageiras com as compras....porque claro, não quiseram entrar nos parques...e ainda menos dar uma maozinha à sócia que se amola com as compras...
Oh God, give me patience, but not yet! Eheheheheh Se és não percebeste esta, lê o Sexo e a Cidália (NS Jornal de Notícias)
Beijinhos para todos e já sabem, comentem...
Nota: Se o meu amável leitor for a menina do balcão das informações, o engº/arqº do shopping ou esposa, ou ainda o tio Belmiro de Azevedo, as minhas humildes desculpas.
Inês

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